terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tempo Geológico

Pensava-se antigamente que o nosso mundo tinha poucos milhares de anos de idade, segundo interpretações da bíblia. Mas foi quando estudos mais aprofundados sobre as rochas tomaram lugar é que se percebeu que a Terra era muito, muito mais antiga que isso.
Sabe-se hoje que o nosso planeta tem sensivelmente quatro mil e seiscentos milhões de anos, sendo incrivelmente velho, quando comparado ao tempo de vida de um humano, ou até mesmo do tempo em que uma determinada espécie existiu, desde o seu surgimento até à sua extinção.
Ainda que para nós, humanos, a Terra pareça algo estático, com os oceanos, continentes, montanhas, etc sempre “no mesmo sítio”, o planeta é bastante dinâmico, quando se tem em consideração o seu tempo de “vida”. Onde hoje existem oceanos, noutros tempos poderão ter existido desertos ou florestas verdejantes. Já que os humanos não podem observar essas alterações, só têm uma maneira de saber que elas de facto se deram: estudando as rochas, que não são senão “registos” das alterações que a Terra sofreu e das espécies que nela habitaram.
Divide-se então a idade da Terra primeiro em grandes unidades, denominadas eons, que são conhecidas por Hádico, Arcaico, Proterozóico (que formam o Pré-Câmbrico) e Fanerozóico. O primeiros correspondem a uma altura da Terra da qual praticamente não se têm registos rochosos, e que durou cerca de quatro mil milhões de anos, ao passo que o Fanerozóico corresponde a um período de tempo que durou desde o período Câmbrico até aos dias de hoje. É interessante notar que o Pré-Câmbrico é consideravelmente maior que o Fanerozóico, o que prova que aquilo que sabe da história da Terra nos dias correntes é apenas um pequeno fragmento daquilo que o planeta “viveu”.
O Fanerozóico é então dividido em unidades mais pequenas chamadas de eras, e as que o compõem são o Paleozóico, o Mesozóico e o Cenozóico (do mais antigo para o mais recente). A terminação utilizada para as eras é o –zóico.
No entanto, dividiu-se ainda as eras do Fanerozóico em subunidades ainda mais pequenas chamadas períodos: Paleozóico é dividido em Câmbrico, Ordovícico, Silúrico, Devónico, Carbónico e Pérmico (do mais antigo para o mais recente); o Mesozóico é divido em Triássico, Jurássico e Cretácico (do mais antigo para o mais recente); e o Cenozóico é dividido em Paleogénico, Neogénico e Quaternário (do mais antigo para o mais recente). Estes períodos são divididos com base em grandes alterações a nível da vida na Terra, correspondendo grande parte a “momentos” de extinções. A terminação utilizada para os períodos é o –ico.
As épocas correspondem por sua vez a subunidades dos períodos (em casos gerais, só os períodos do Cenozóico é que têm estas subunidades), e são eles (do mais antigo para o mais recente): Paleocénico, Eocénico, Oligocénico (os três do Paleogénico), Miocénico, Pliocénico (os dois do Neogénico), Plistocénico e Holocénico (do Quaternário). A sua terminação é –cénico. Já os períodos Triássico, Jurássico e Cretácico dividem-se apenas, cada um, em Inferior, Médio e Superior.
 Além destas divisões, temos ainda os andares, que dividem as épocas, cujos nomes são dados de acordo com a localização onde mais foram estudados e a terminação -iano.
Eis um quadro de divisão estratigráfica:


Bibliografia:

- Palmer, Douglas (1999), Atlas do mundo pré-histórico, Gütersloh: Círculo de Leitores.
- Domingos, Luís (2006), "Terra Planeta Vivo". Página consultada em 21 de Dezembro, http://domingos.home.sapo.pt/temp_geol_1.html

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